O Guerrilheiro Heróico Ernesto Che Guevara
Havana, 8 de outubro (RHC).-Os cubanos prestam homenagem nesta sexta-feira ao comandante guerrilheiro Ernesto Che Guevara, capturado pelo Exército boliviano em oito de outubro de 1967 após ser ferido em combate, e assassinado no dia seguinte. O presidente Miguel Díaz-Canel exaltou seu legado, e destacou aspectos de seu pensamento sobre a importância da juventude, a ciência e o socialismo.
“O porvir do país está ligado diretamente ao desenvolvimento da ciência e da técnica. Nunca vamos poder caminhar com nossos próprios pés enquanto não tivermos uma tecnologia avançada, baseada numa técnica própria, numa ciência própria”, postou no Twitter. Outra das frases do Che compartilhadas pelo mandatário foi: “Sejamos o pesadelo dos que pretendem nos arrancar os sonhos”. Também: “A argila fundamental de nossa obra é a juventude, nela depositamos nossa esperança e a preparamos para tomar de nossas mãos a bandeira”.
Díaz-Canel evocou outros pensamentos do revolucionário argentino-cubano: “Nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais plenos; somos mais plenos por sermos mais livres”, e “Nosso sacrifício é consciente, quota para pagar a liberdade que construímos”. E postou: “Che vive”.
Ernesto Che Guevara integrou a expedição do iate “Granma” que partiu do México e chegou a Cuba em dois de dezembro de 1956, liderada por Fidel Castro, para iniciar a luta armada nas montanhas da Serra Maestra. Chegou a ser um dos principais chefes militares da guerrilha, e após a vitória da Revolução em 1959 desempenhou importantes responsabilidades, entre elas ministro de Indústria e presidente do Banco Nacional.
Foi um dos fundadores da agência informativa latino-americana Prensa Latina. No começo da década de 1960 viajou ao Congo e depois à Bolívia para impulsionar as lutas pela libertação nacional e contra o imperialismo.
Hoje começa a Jornada Camilo-Che, dedicada a prestar homenagem, também, ao comandante Camilo Cienfuegos, que se destacou na luta guerrilheira e foi um dos líderes mais carismáticos da Revolução. Camilo morreu poucos meses após a vitória, quando a pequena aeronave em que viajava de Camagüey a Havana sumiu sem deixar rastros em meio a condições meteorológicas adversas. As atividades prosseguirão até o dia 28.