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Havana, 13 de dezembro (RHC).- A Chancelaria cubana afirmou que a Cúpula pela democracia, convocada pelos EUA na semana passada, foi um exercício de demagogia com zero benefício para a comunidade internacional, e sem proposta alguma para resolver os problemas mais urgentes do mundo atual.

O comunicado do ministério das Relações Exteriores indica que a reunião, cuja agenda foi totalmente manipulada, serviu apenas para mostrar o isolamento e a perda de influência da nação mais poderosa do planeta, e para anunciar que Washington vai dedicar 400 milhões de dólares à subversão política de Estados soberanos, violando abertamente o direito internacional.

Os participantes não abordaram a necessidade de juntar esforços para enfrentar a fome, a desnutrição, a pobreza e as desigualdades crescentes, a insalubridade, os problemas migratórios, o narcotráfico, o crime organizado, a corrida armamentista ou as mudanças climáticas. Nem sequer se falou na pandemia da Covid-19 e noutras doenças transmissíveis.

O tema “democracia” foi focado pelos EUA como a defesa do capitalismo, aplicável somente às nações alinhadas a suas políticas e interesses. O propósito foi gerar divisão e desviar a atenção mundial dos graves problemas que afetam hoje a sociedade e o sistema político estadunidense, ressalta o comunicado do ministério cubano das Relações Exteriores. E adverte sobre a intenção de castigar os países que defendem projetos progressistas ou não aceitam os modelos impostos por Washington.

O texto ressalta que não foram convidadas mais de 80 nações, inclusive Cuba, que ao longo de quase 63 anos tem rechaçado com sucesso a pretensão estadunidense de subjugá-la, e tem defendido com eficácia seu direito inalienável à livre determinação. “O mundo reclama paz, desenvolvimento, justiça, solidariedade, cooperação e confiança mútua”, assinala o documento.