Fermo de Alba-Tcp
Havana, 15 de dezembro (RHC).- O general de Exército Raúl Castro e o presidente Miguel Díaz-Canel presidiram em Havana o encerramento da 20ª Cúpula da ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América. Estavam presentes os chefes de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, da Nicarágua, Daniel Ortega, e da Bolívia, Luis Arce, e outros representantes dos países que integram o bloco regional criado há 17 anos pelos líderes Fidel Castro e Hugo Chávez.
Na ocasião, o mandatário cubano falou que durante a pandemia da Covid-19 o mecanismo de integração tem defendido e mantido como princípio o espírito de irmandade e a defesa da soberania nacional, e promovido a solidariedade nos momentos mais difíceis. “Esta etapa demonstrou que apoiar-nos entre todos não é apenas necessário, mas também possível”, assinalou. E reiterou que as vacinas contra o Sars-Cov2 desenvolvidas pelos cientistas desta Ilha estão à disposição do mundo, especialmente das nações membros da ALBA.
Díaz-Canel afirmou que os EUA não têm moral alguma para julgar e decidir a respeito da democracia, referindo-se à recente reunião virtual convocada por Washington para abordar essa questão. Disse que a lista de convidados mostra que não se levou em conta os massacres e a repressão a protestos sociais na América Latina, nem o número crescente de líderes sociais e jornalistas assassinados. Apontou que nos debates não se falou em investigar os políticos de direita de vários países que esconderam suas riquezas em paraísos fiscais.
Sublinhou que as sanções e outras punições contra nações como Cuba, Venezuela e Nicarágua, que não se alinham aos interesses dos EUA e não foram convidadas, não poderão dobrar a resistência de seus povos.
Por sua vez, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou a capacidade de inovação do bloco desde sua fundação, em benefício dos povos, e a força política e experiência que lhe permite reagir ante os novos desafios do mundo pós-pandemia.
No ato se apresentou a companhia de teatro infantil “La Colmenita”, com uma obra inspirada no pensamento e ações do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro. Ontem, os participantes da Cúpula prestaram homenagem a Fidel ao visitarem o centro inaugurado recentemente nesta capital para destacar sua vida e obra. O grupo foi acompanhado pelo primeiro-ministro, Manuel Marrero.
No encontro da ALBA foram aprovados acordos de articulação política e um plano de ação que ratifica seu rumo independente, a defesa da integração regional e o rechaço à ingerência dos EUA, e seu papel como alternativa ao novo colonialismo econômico. O documento apoia Cuba em sua luta pelo fim do bloqueio imposto por Washington, vigente há seis décadas, e aborda questões como as mudanças climáticas, a migração e o protecionismo seletivo.
A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América é integrada por Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Dominica, São Vicente e Granadinas, Antigua e Barbuda, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e Granada.
