Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 27 maio (RHC).- Os países membros da ALBA-TCP (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América- Tratado de Comércio dos Povos) rejeitaram categoricamente em Havana à exclusão de Cuba, Venezuela e Nicarágua da próxima Cúpula das Américas, organizada pelos EUA.
A 21ª Reunião de Cúpula de chefes de Estado e de Governo da ALBA-TCP, realizada na sexta-feira, em Havana, condenou em sua declaração final o tratamento discriminatório dado a essas nações.
A declaração “ALBA-TCP repudia as exclusões e o tratamento discriminatório na chamada Cúpula das Américas em Los Ángeles” foi lida pelo secretário executivo da entidade integracionista, Sacha Llorenti.
Em 12 pontos, confirma o compromisso com o fortalecimento do mecanismo como instrumento de união dos povos, sustentado nos princípios de solidariedade, justiça social, cooperação e complementaridade econômica; com a integração liderada pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a Proclamação da América Latina e o Caribe como Zona de Paz.
Apóia o pedido dos países de Nossa América de modificar as relações hemisféricas com base na Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional, inclusos os princípios de igualdade soberana, não intromissão nos assuntos domésticos, nem o uso da força e pela solução pacífica de controvérsias e livre determinação os povos.
Reafirma seu apoio ao multilateralismo como meio para enfrentar os desafios globais através de ação coletiva, e denuncia as pretensões de dominação imperialista sobre os povos d América Latina e o Caribe, para manter a região dividida em função de seus interesses hegemônicos.
Rejeita a exclusão arbitrária, ideológica e politicamente motivada de vários países da chamada Cúpula das Américas, que acontecerá no mês de junho em Los Ángeles, Estados Unidos. E considera essa decisão um grave retrocesso histórico nas relações hemisféricas que ofende os povos latino-americanos e caribenhos.
A declaração apóia o direito de todos os países de participarem do mencionado encontro em igualdade de condições, e dá ênfase a que o anfitrião da reunião de Los Ángeles não tem o direito de impor exclusões ou condições que violem sua soberania e independência.
O documento também denuncia o tratamento discriminatório dos EUA contra representantes da sociedade civil do continente, e dá ênfase a que essas reuniões excludentes não ajudam a resolver nenhum dos desafios urgentes da integração, nem as ameaças regionais e globais.
Destaca a posição corajosa de governos, atores sociais, organizações e povos que rejeitaram de diversas maneiras as exclusões da reunião de Los Ángeles.
Rejeita a imposição de medidas coercitivas contra a Venezuela e a Nicarágua, e o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba que violam os princípios da Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional.
A declaração reivindica a dignidade nacional dos povos que se sustenta no ideário dos próceres da América Latina e o Caribe, e apóia os esforços verdadeiros concentrados em fomentar o diálogo e a convivência pacífica entre todos os países das Américas, sem exceção, para encontrar soluções aos grandes problemas hemisféricos. (Fonte: Prensa Latina).