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Havana, 03 setembro (RHC).- Diretores de entidades cubanas e representantes de empresas estrangeiras estabelecidas em Cuba estão examinando as possibilidades de investimento estrangeiro no comércio por atacado e varejista.
Os participantes sondam o alcance da nova oportunidade para impulsionar a recuperação da economia nacional.
O ministro da Economia e Planejamento Alejando Gil afirmou, no encontro, que Cuba iniciou um processo de reaquecimento de sua economia, que tinha caído durante 18 meses por causa do endurecimento do bloqueio pelo governo de Donald Trump e pelos efeitos da pandemia da Covid-19.
No meio do processo de recuperação, há uma procura cada vez maior e insatisfeita dos atores estatais e privados para produzir e ofertar seus bens e serviços, portanto, um dos requisitos para avançar mais rapidamente é potenciar a oferta atacadista de suprimentos e matérias-primas, explicou.
O objetivo – disse o ministro – é que o investimento estrangeiro ajude a colocar em andamento a infraestrutura existente no país (armazéns, indústrias, fábricas), hoje subutilizada porque não há recursos devido à falta de financiamento.
O ministro da Economia detalhou que os negócios podem ser realizados nas modalidades aprovadas na Lei de Investimento Estrangeiro: empresas mistas ou de capital totalmente estrangeiro.
Para o comércio varejista, a variante prevista é a empresa mista para pré-financiar a indústria nacional, adquirir seus produtos e comercializá-los no país.
Estas novas oportunidades de investimento estrangeiro vão operar em divisas, portanto, serão vendidas nessas mesmas moedas, tanto no mercado varejista quanto por atacado.
O ministro recordou que o objetivo é que, em algum momento, a economia nacional opera totalmente em pesos cubanos com um câmbio que garanta a conversibilidades interna da moeda.
Compareceram ao fórum empresarial os ministros do Comércio Interior e de Transporte, e a vice-ministra de Comércio Exterior e Investimento Estrangeira Ana Teresita González