Bruno y Rania Khalek
Washington, 05 outubro (RHC).- O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, em declarações à jornalista Rania Khalek de BreakThroughNews, reiterou a disposição de Cuba de dialogar com o governo dos Estados Unidos em termos de igualdade e respeito mútuo.
Segundo a entrevista, o chanceler cubano considera 2023 o ano da oportunidade, porque o povo de Cuba, a maioria dos norte-americanos e dos cubanos que vivem nos Estados Unidos coincide em que seriam beneficiados ambos os países.
Cuba – ponderou o chanceler – é um fator de estabilidade na região, para prevenir atos do crime organizado internacional, contra o tráfico de drogas, o tráfico de pessoas e o terrorismo.
O chanceler também observou que as duas nações compartilham territórios comuns no golfo do México, são vizinhos com importante conexão em matéria meio ambiental, e seus povos desfrutam uma fantástica influência e forte relação cultural.
“Não existem sentimentos antiamericanos nos cubanos; O povo cubano é amistoso com os norte-americanos, porque sabe discernir entre certas políticas do governo dos Estados Unidos e a essência da alma do povo norte-americano”, disse.
Infelizmente – assinalou – contra esse desejo permanece o bloqueio econômico, comercial e financeiro e seu endurecimento com mais de 200 medidas pelo anterior presidente Donald Trump, as quais estão em vigor e fazem parte do comportamento agressivo contra os interesses cubanos.
Deplorou que Washington insistisse na política hostil, porque, o processo de 2014 a 2016 demonstra que existe a possibilidade de uma relação que transite rumo à normalidade entre as duas nações.
Comentou que apesar das restrições, de alguns ataques contra a embaixada cubana em Washington, do fechamento dos serviços pelo consulado norte-americano em Havana em decisão arbitrária, existem alguns canais de comunicação, e mencionou as conversações migratórias, que são positivas, um assunto fundamental entre Cuba e Estados Unidos.
Em outra parte de suas declarações, o chanceler cubano anunciou que em novembro, a comunidade internacional votará de novo na ONU contra o bloqueio dos EUA a Cuba, o que significará um apoio à lei internacional, os direitos humanos, a liberdade de viajar, o respeito às leis universais para o comércio internacional e a livre navegação.
Na longa entrevista, o chanceler cubano reiterou que a maioria da comunidade internacional apoia o direito do povo cubano de viver em paz, sem bloqueios que prejudiquem as famílias de ambos os lados do estreito da Flórida e que restringem o direito de viajar dos cidadãos norte-americanos. (Fonte: Prensa Latina).