Cuba denuncia pressão imperialista no Conselho de Direitos Humanos
Genebra, 28 fevereiro (RHC).- O chanceler de Cuba, Bruno Rodriguez, denunciou terça-feira no Conselho de Direitos Humanos a politização desse assunto e advogou por sua cessação em benefício do diálogo respeitoso e construtivo e a cooperação.
“A promoção e a proteção dos direitos humanos é um ideal comum. Não há nenhum país isento de desafios e nenhum tem autoridade para se considerar paradigma na matéria, julgar os outros e muito menos para politizar e utilizá-lo para estigmatizar a nações soberanas”, advertiu Rodriguez.
Ao falar na 52ª sessão do Conselho, o ministro das Relações Exteriores de Cuba condenou as tentativas imperialistas de transformar esse órgão da ONU em tribunal contra países que não se subordinam aos interesses geopolíticos de governos poderosos.
Nesse sentido, ressaltou que essa postura mina a credibilidade do Conselho de Direitos Humanos e o retrotrai ao ambiente reinante na abolida Comissão de Direitos Humanos.
Em nome da Ilha, o chanceler rejeitou a tentativa de estigmatizar governos e projetos econômicos e sociais que não se subordinem aos desígnios dos “amos das finanças, dos mercados e das armas”.
Igualmente, ratificou a posição de Cuba como Estado membro do Conselho de defender o diálogo e a cooperação internacional e o respeito pleno aos princípios de universalidade, indivisibilidade, objetividade e não seletividade em matéria de direitos humanos e seu tratamento.
Nesse espírito, apresentamos nossa candidatura para a reeleição como membro do Conselho de Direitos Humanos para o período 2024-2026, anunciou.
Em seu discurso, Bruno Rodriguez exortou a construir um mundo mais solidário e cooperativo, diante de padrões de produção e consumo irracionais e insustentáveis, que ameaçam a existência humana. (Fonte: PL)