Foto: Ileana Pineiro
Havana, 17 jul (RHC) O presidente cubano Miguel Díaz-Canel defendeu nesta segunda-feira, na Cúpula dos Povos Bruxelas-2023, o direito da Ilha de avançar no seu próprio caminho, sem interferências estrangeiras.
"Expressamos a nossa convicção de que não baixaremos os braços nem nos ajoelharemos para pedir perdão por defender o direito à diferença", sublinhou o chefe de Estado no festival político-cultural que encerrou o primeiro dia do fórum de movimentos sociais e forças progressistas europeus, latino-americanos e caribenhos.
Aplaudido à sua chegada ao auditório e interrompido várias vezes por palavras de ordem contra o bloqueio norte-americano e de apoio a Cuba, Díaz-Canel manifestou a sua solidariedade com outros governos e povos que também desafiam a lógica imperial imposta por Washington.
Nesse sentido, citou a Venezuela, a Nicarágua, o Brasil, o México, a Colômbia, a Bolívia e Honduras e os seus líderes; Palestina, os saharauis, Porto Rico e o seu direito à independência e a Argentina na sua reivindicação de soberania sobre as Malvinas.
Denunciou também as agressões contra Cuba, em particular o bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA com alcance extraterritorial, a inclusão na lista unilateral de países patrocinadores do terrorismo e as campanhas de ataques com a manipulação da questão dos direitos humanos (DH).
A este respeito, o chefe de Estado afirmou que Cuba continuará garantindo o gozo dos direitos humanos e o quadro jurídico necessário, e condenou a duplicidade de critérios com que EUA aborda este tema.
"Aqueles que nos acusam são os maiores violadores dos nossos direitos e dos direitos de outros povos", afirmou.
Destacou ainda o espaço de resistência e de luta que a Cúpula dos Povos representa, e considerou uma honra estar entre os seus protagonistas.
O presidente cubano agradeceu a solidariedade para com o seu país e a urgência de apostar numa nova ordem em que esta postura e cooperação dominem.
"A solidariedade não pode ser bloqueada da mesma forma que se bloqueiam os alimentos, os medicamentos e os equipamentos, é uma arma de luta indestrutível e uma mensagem de paz", destacou.
No final do seu discurso, o público entoou vigorosamente "Cuba sim, bloqueio não". (Fonte: Prensa Latina)