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Luanda, 21 agosto (RHC),- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, avaliou hoje como proveitosa a reunião que manteve com o chefe de Estado angolano João Lourenço confirmando o sentimento de amizade e confiança mútua que distingue os laços bilaterais.
Diaz-Canel ratificou a vontade de ambas as partes de continuar expandindo e consolidando essas relações em áreas de interesse mútuo e reafirmou a prioridade que a nação caribenha dá aos seus laços com esse país.
É uma grande satisfação para nós estar em Angola novamente, disse o chefe de Estado, que descreveu sua visita oficial a essa terra como uma reunião há muito esperada, adiada pela pandemia de Covid-19 em 2020, mas que era uma prioridade.
Díaz-Canel aproveitou a oportunidade para transmitir ao povo angolano as calorosas saudações do líder da Revolução Cubana, Raúl Castro, e agradeceu as expressões de solidariedade recebidas nos últimos anos diante dos acontecimentos extraordinários na ilha, especialmente dos graduados angolanos em Cuba conhecidos como Caimaneros.
Ele disse que Cuba considera Angola uma contraparte importante para acompanhá-la no processo de atualização de seu modelo econômico e social.
O presidente cubano ressaltou que esperam explorar de forma conjunta e mais eficiente o potencial das partes para aumentar as relações comerciais e financeiras nos setores de colaboração, investimento e comércio exterior, colocando-as no mesmo nível das excelentes e históricas relações políticas.
"Angola é o país da África onde temos a colaboração mais diversificada em diferentes esferas, e há potencial em outras áreas, como fontes de energia renovável e biotecnologia", disse.
Diaz-Canel reafirmou a disposição de continuar contribuindo para o desenvolvimento do capital humano local e destacou que questões como a agenda econômica bilateral para o período 2024-2026 ainda estão em negociação, mas prevalece a vontade de concluí-la o mais rápido possível.
Díaz-Canel agradeceu o apoio de Angola nos fóruns multilaterais a favor da cessação do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos à Ilha e contra as injustas medidas de perseguição e assédio que também afetam terceiros países, dado seu componente extraterritorial.
Lembrou as sólidas bases históricas que sustentam as relações bilaterais, desde a amizade entre o primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, e o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, até a luta conjunta para defender a independência do país e a ampla cooperação civil cubana.
Durante o encontro, o presidente cubano convidou o chefe de Estado angolano para visitar oficialmente a Ilha, bem como participar da próxima cúpula do Grupo dos 77 + China, a ser realizada em Havana nos dias 15 e 16 de setembro.
