Ato no Brasil contra bloqueio a Cuba
Brasília, 30 de agosto (RHC).- Deputados de diferentes bancadas e organizações de solidariedade brasileiras repudiaram e exigiram o fim do bloqueio contra Cuba, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Em ato de solenidade realizada na terça-feira contra o cerco econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à Ilha há mais de seis décadas, foi exibido o documentário A gota d'água, sob o tema do bloqueio, que causou a Cuba perdas totais de 154 bilhões e 217 milhões de dólares em 60 anos.
O filme reflete, por meio da história de vida da pequena Natali Rodríguez Méndez, as dificuldades geradas pela existência dessa política hostil na vida cotidiana das famílias cubanas e na obtenção de recursos para o atendimento médico que o Estado oferece gratuitamente.
Durante o evento, o embaixador Pedro Monzón, cônsul-geral de Cuba em São Paulo, e o deputado Maurici, do Partido dos Trabalhadores (PT) e presidente da Comissão de Relações Internacionais da Alesp, fizeram intervenções enérgicas em apoio a Cuba e em repúdio ao bloqueio.
O deputado Paulo Fiorilo, líder da bancada do PT, leu uma Nota de Repúdio ao Sofrimento Imposto ao Povo Cubano, assinada por vários parlamentares.
O comunicado continuará sendo assinado pelos membros da Assembleia Legislativa e depois será entregue ao Consulado Geral de Cuba em São Paulo para ser enviado à Ilha.
No texto, os signatários advertem que o bloqueio tem se intensificado, especialmente durante a administração de Donald Trump, que acrescentou 243 novas medidas e reincorporou Cuba à lista espúria de patrocinadores do terrorismo.
Essa inclusão injusta, recordam "complica ainda mais o acesso de Cuba ao sistema financeiro internacional, impossibilitando a aquisição de medicamentos e outros bens essenciais".
Ao contrário do que se esperava, o governo do democrata Joe Biden não modificou a política em relação à ilha e as sanções permanecem inalteradas até hoje.
A nota indica que o cenário atual em Cuba é agravado por desastres naturais, como o furacão Ian, que devastou a ilha em 2022, e pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
"O bloqueio e essas circunstâncias adicionais criaram uma situação extremamente crítica, com falta de medicamentos, alimentos, combustível e outros bens essenciais", afirmam.
Eles pedem solidariedade internacional e iniciativas para apoiar Cuba, em particular para manter a crescente pressão pela suspensão total do cerco dos EUA e a remoção da Ilha da lista de países patrocinadores do terrorismo. (Fonte: PL)