@DiazCanelB
Havana, 11 setembro (RHC).- O presidente cubano Miguel Díaz-Canel destacou nesta segunda-feira a coragem e a dignidade de Salvador Allende por sua resistência, há 50 anos, para defender a democracia chilena diante do golpe militar de Augusto Pinochet.
"Nem 50 nem 100 anos serão capazes de apagar o horror do golpe militar de 1973, nem a dignidade do presidente Allende, que cumpriu o mandato de seu povo à custa de sua própria vida", disse o presidente em sua conta no X, antigo Twitter.
Por sua vez, o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular da ilha, Esteban Lazo, lembrou uma frase do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, ao dizer que Allende demonstrou mais dignidade, mais honra, mais coragem e mais heroísmo do que todos os militares fascistas juntos.
Da mesma forma, o Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, recordou a resistência heróica do Presidente Allende e de seus companheiros em defesa da independência e da democracia diante do ataque fascista ao Palácio Moneda, instigado e orquestrado pelos Estados Unidos.
Há 50 anos, uma das páginas mais sombrias e sangrentas da história da democracia e do movimento dos trabalhadores na América Latina se desenrolou na manhã de 11 de setembro de 1973, quando o edifício Moneda (sede do Executivo) foi bombardeado e atacado.
O presidente Allende, diante do pedido de rendição, respondeu na Rádio Magallanes com palavras que o colocaram para sempre entre os grandes da região: "... não renunciarei... pagarei com minha vida .... Tenho certeza de que a semente que demos à consciência digna de milhares de chilenos não pode ser destruída".
Por volta da uma hora da tarde daquele dia e depois de esgotadas todas as possibilidades de resistência, Allende foi morto depois que a maioria de seus guarda-costas e outros combatentes caíram na luta ou foram capturados após ficarem sem munição.
A repressão militar pós-golpe foi terrível: dezenas de milhares de pessoas foram segregadas em prisões ou em estádios de futebol transformados em campos de concentração; milhares foram torturados e assassinados, e muitos outros, adeptos de partidos de esquerda ou sindicatos, tiveram de fugir, escolhendo o caminho do exílio. (Fonte: PL)