Genebra, 13 de setembro (RHC).- O embaixador de Cuba na ONU em Genebra, Juan Antonio Quintanilla, pediu nesta quarta-feira no Conselho de Direitos Humanos que se ponha fim a uma ordem econômica internacional injusta e desigual para superar as atuais crises globais.
Falando na 54ª sessão regular do Conselho, o representante permanente da Ilha também denunciou a atual arquitetura financeira distorcida e os padrões irracionais de produção e consumo do capitalismo.
"Numerosos relatórios da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA) mostram que o mundo produz alimentos suficientes para alimentar a população mundial, mas o desperdício e a distribuição desigual são a causa da atual crise profunda", alertou.
De acordo com o diplomata, a esse cenário desafiador deve-se acrescentar a imposição de medidas coercitivas unilaterais criminosas, a promoção de guerras de quarta geração, a desinformação, a subversão para fins políticos e outras práticas inaceitáveis que constituem graves violações da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
Nesse sentido, lembrou as agressões que Cuba enfrenta há mais de seis décadas por parte dos Estados Unidos, que impõem um bloqueio econômico, comercial e financeiro.
Em seu discurso, o embaixador ratificou que a Ilha rejeita o uso dos direitos humanos para promover ações politicamente motivadas contra os países do Sul.
Nesse sentido, destacou a posição de Cuba de defender o entendimento, o diálogo, a cooperação e a não ingerência nos assuntos internos dos Estados a fim de promover e proteger os direitos humanos no planeta. (Fonte: PL)