Imagen: Prensa Latina.

Nações Unidas, 20 de setembro (RHC).- A rejeição do bloqueio dos Estados Unidos a Cuba foi abordada com veemência pelos líderes que participam do Segmento de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU, que continua hoje em Nova York.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que abriu a sessão de terça-feira, condenou mais uma vez o cerco unilateral a Cuba mantido pela Casa Branca por mais de seis décadas.

"O Brasil continuará denunciando medidas tomadas sem a proteção da Carta da ONU, como o bloqueio econômico e financeiro imposto a Cuba" e as tentativas de classificar o país caribenho como Estado patrocinador do terrorismo, denunciou.

Por sua vez, o presidente boliviano Luis Arce descreveu o bloqueio econômico, comercial e financeiro da ilha como "desumano e criminoso".

Falando no debate da 78ª sessão desse fórum multilateral, o chefe de Estado criticou essas medidas coercitivas e as represálias aplicadas pelas potências hegemônicas contra os povos em detrimento de seu desenvolvimento e dos direitos humanos mais básicos.

De acordo com Arce, essas medidas punitivas confirmam a disfuncionalidade de um sistema distante do direito internacional e do multilateralismo.

"Um exemplo claro dessas medidas é o bloqueio econômico e financeiro ilegal, desumano e criminoso imposto pelos Estados Unidos contra Cuba", reiterou.

Por sua vez, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, denunciou o bloqueio como uma guerra econômica extraterritorial, cruel e silenciosa, que é acompanhada por uma poderosa máquina política de desestabilização contra seu país.

"O povo cubano resiste e supera com criatividade essa impiedosa guerra econômica, que desde 2019, em meio à pandemia, escalou de maneira oportunista para uma dimensão ainda mais extrema, disse o chefe de Estado durante o Debate Geral nas Nações Unidas.

Fora da sede da ONU, a Ilha também recebeu manifestações de apoio e condenação à política de asfixia imposta pelos Estados Unidos.

Um outdoor gigante iluminou a noite nova-iorquina na Union Square com a mensagem: "Deixem Cuba viver" e "Cuba é patrocinador da paz".

A luz, projetada na fachada de um edifício na esquina da 14th Street com a Broadway, é acompanhada pelo rótulo "fora da lista", em referência ao pedido constante dos setores solidários dos Estados Unidos para retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.

Na terça-feira, representantes de organizações e movimentos sociais se reuniram em frente à Missão Cubana na ONU para reiterar seu apoio à Ilha.

Uma multidão de jornalistas, medidas extremas de segurança e uma situação caótica no trânsito pintam o quadro desses dias na cidade de Nova York (Fonte: Prensa Latina).