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Nações Unidas, 20 de setembro (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, exigiu na quarta-feira ações para aliviar a dívida externa, que representa uma séria ameaça ao desenvolvimento dos membros do G77, bloco presidido pela Ilha.

O endividamento insustentável está arrastando a maioria dos países do Sul Global para um abismo econômico, disse, e a atual arquitetura financeira não pode dar a resposta que essas nações necessitam.

Um passo nessa direção seria redesenhar e recapitalizar os bancos multilaterais para ajudar os países em desenvolvimento, afirmou, alertando que esse refinanciamento não seria suficiente para atender às necessidades dos 80% da população mundial agrupada nos membros do bloco..

"É necessária uma solução eficaz e inclusiva com a participação de todos os credores para que os países do Sul, especialmente os países de renda média, com bilhões de dólares de suas próprias economias domésticas, possam investir em seu desenvolvimento".

Díaz-Canel também reconheceu como passos essenciais uma reforma do atual sistema de governança e da estrutura de governança das instituições financeiras internacionais, especialmente o Fundo Monetário Internacional.

"O sistema de votação baseado no poder econômico-financeiro não se sustenta", enfatizou. É necessário aprimorar a arquitetura da dívida soberana global com a participação significativa dos países em desenvolvimento, bem como plataformas inclusivas e eficazes para projetar e discutir regras e regulamentações tributárias internacionais nas Nações Unidas”, destacou.

O G77, enfatizou Diaz-Canel, espera que esse diálogo promova já a vontade política de implementar o  necessário para superar o que ele descreveu como uma das crises mais complexas das que a humanidade foi testemunha. (Fonte: PL)