Havana, 29 de outubro (RHC) O presidente cubano Miguel Díaz-Canel conclamou a comunidade internacional a agir imediatamente para pôr fim à barbárie do regime israelense contra o povo palestino.
Cada momento de inação e passividade custará mais vidas inocentes. Devemos agir imediatamente, declarou o chefe de Estado em um vídeo divulgado pela Presidência da República.
Permitirá a comunidade internacional que essa situação insustentável continue? Continuará refém de um exercício arbitrário, como o direito de veto, que a impede de agir como deveria para impedir o crime? Perguntou Diaz-Canel.
Explicou que um grupo de países, incluindo Cuba, propôs um projeto de resolução à Assembleia Geral da ONU, que foi finalmente aprovado.
Essa projeto, disse, exige um cessar-fogo imediato, o estabelecimento urgente de um mecanismo para proteger a população civil palestina, rejeita o deslocamento forçado de civis e defende o envio de ajuda humanitária de emergência.
Acrescentou que a nação caribenha contribuirá tanto quanto possível com os esforços internacionais legítimos para pôr fim a esse genocídio.
A história não perdoará os indiferentes. E nós não estaremos entre eles. É hora de pôr fim à filosofia da desapropriação para que a filosofia da guerra morra por falta de incentivos, enfatizou Díaz-Canel.
O chefe de Estado reiterou a condenação de seu país ao bombardeio do regime sionista contra a população palestina em Gaza e à destruição de suas casas, hospitais e infraestrutura civil.
Da mesma forma,repudiou a morte de pessoas inocentes como resultado da escalada atual, que está atacando cruelmente sem distinção de etnia, origem, nacionalidade ou fé religiosa.
O presidente cubano afirmou que a nação caribenha também compartilha a dor pelo sofrimento das vítimas civis israelenses do conflito, mas não aceita uma certa indignação seletiva que procura ignorar a gravidade do genocídio que está sendo perpetrado contra os palestinos.
Nada pode justificar as graves violações do direito humanitário internacional que estão sendo cometidas. Israel está violando toda e qualquer resolução das Nações Unidas, enfatizou.
O presidente se referiu ao fato de que, mesmo na grave conjuntura atual, o Conselho de Segurança da ONU não foi capaz de pedir a Israel que interrompesse o massacre em andamento.
Lembrou que os EUA vetaram uma proposta nesse órgão que simplesmente pedia pausas humanitárias. E ressaltou que aqueles que se opõem à cessação da violência terão que assumir a responsabilidade pelas graves consequências que isso acarreta.
Porém, enfatizou, não surpreende a posição do governo dos EUA, que historicamente tem agido como cúmplice da barbárie sionista ao obstruir repetidamente a ação do Conselho de Segurança sobre a Palestina, minando a paz e a estabilidade no Oriente Médio com seu exercício ofensivo do veto.
Diaz-Canel disse que uma solução abrangente, justa e duradoura para o conflito exige inexoravelmente o exercício real do direito inalienável do povo palestino à autodeterminação e à construção de seu próprio Estado independente e soberano, dentro das fronteiras pré-1967 e com sua capital em Jerusalém Oriental. (Fonte: PL)