Chanceler cubano na ONU
Nações Unidas, 02 novembro (RHC) O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, denunciou hoje nas Nações Unidas as violações contra o direito à vida, à educação e ao bem-estar dos cubanos causadas pelo bloqueio dos Estados Unidos.
"O bloqueio viola o direito à vida, à saúde, à educação e ao bem-estar de todos os cubanos; nossas famílias sentem isso através da escassez nas lojas, das longas filas, dos preços excessivos e dos salários desvalorizados". Foi assim que o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, iniciou seu discurso.
As famílias em Cuba sentem isso na escassez, nos preços excessivos e nos salários desvalorizados, disse o ministro das Relações Exteriores ao falar perante o fórum, que se reuniu para votar a resolução apresentada pelo país caribenho sobre a necessidade de pôr fim ao cerco.
Rodríguez explicou que o governo está fazendo grandes esforços para satisfazer a cesta básica familiar, que não é suficiente, mas atende às necessidades indispensáveis a preços subsidiados.
Apenas um terço do custo dos danos provocados pelo bloqueio de março de 2022 a fevereiro de 2023 teria coberto o custo da cesta básica familiar, ressaltou..
Ao mesmo tempo, setores como agricultura e energia enfrentam sérios obstáculos para adquirir peças de reposição ou maquinárias.
Sob licenças rigorosas, alguns produtos agrícolas dos Estados Unidos viajam para a ilha, sujeitos a leis draconianas e discriminatórias que violam as regulamentações do comércio internacional, afirmou,
Esses produtos, acrescentou, chegam em navios norte-americanos que têm de retornar vazios por causa do próprio bloqueio.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba lembrou a intensificação das políticas de assédio durante os anos mais difíceis da pandemia, quando a isenção de sanções foi promovida por razões humanitárias em alguns casos.
"Por que Cuba foi excluída desse alívio temporário?", questionou Rodríguez ao rejeitar a utilização da pandemia como aliada de Washington em sua política contra Cuba.
O impacto sobre a qualidade de vida e os serviços prestados à população é doloroso, enfatizou. (Fonte: PL)