Eurodiputados
Bruxelas, 16 de novembro (RHC) Eurodeputados de vários países falaram hoje em Bruxelas no preâmbulo do tribunal internacional que julgará o bloqueio dos EUA contra Cuba para condenar essa política e os danos humanos que ela causa.
Da mesma forma, denunciaram o caráter extraterritorial do cerco econômico, comercial e financeiro aplicado por Washington há mais de 60 anos, em uma das salas do Parlamento Europeu e na presença de cerca de 200 representantes de organizações políticas, solidárias, sindicais e de juristas da Europa e dos Estados Unidos.
Em seus comentários antes da instalação do tribunal, eles também rejeitaram a inclusão de Cuba na lista unilateral de países patrocinadores do terrorismo e a decisão de sucessivos governos norte-americanos de ignorar a exigência mundial de pôr fim às agressões contra a Ilha.
A eurodeputada portuguesa Sandra Pereira considerou o bloqueio uma violação do direito internacional e dos direitos humanos de todo um povo, ao qual não parou de atacar mesmo em meio à pandemia de Covid-19.
Igualmente, reconheceu a dignidade e a coragem do povo cubano diante de uma política que está deteriorando cada vez mais sua situação econômica e impedindo seu direito ao desenvolvimento.
O eurodeputado espanhol Manu Pineda insistiu nas consequências humanas do bloqueio e destacou a dignidade e a solidariedade daqueles que aceitaram fazer parte da equipe jurídica do julgamento - juízes, promotores, testemunhas e especialistas - e dos delegados.
Para a eurodeputada irlandesa Clare Daly, é urgente romper de uma vez por todas o cerco ilegal contra um país que só quer construir seu próprio caminho e paga o preço de sua vontade com uma violação do direito internacional e dos direitos humanos.
Cuba resistiu a todas as adversidades, obteve conquistas sociais e fez muito com as mãos atadas, portanto, é de se perguntar o quanto mais faria sem esse bloqueio criminoso.
A deputada francesa Leila Chaibi também condenou a hostilidade dos EUA e considerou um dever coletivo repudiá-la em nome da justiça.
Este tribunal será a voz da consciência dos que, em todo o mundo, acreditam na justiça e lutam contra a opressão, disse.
No primeiro dia do tribunal, serão apresentadas as testemunhas, e expostos os casos concretos do impacto humano e econômico do bloqueio. (Fonte: PL)