Chefe de Estado cubano ressalta importância do debate sobre globalização

Editado por Irene Fait
2023-11-17 19:31:35

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Foto: Marcelino Vázquez

Havana, 17 novembro (RHC) O presidente da República, Miguel Díaz-Canel, destacou na sexta-feira a importância do debate plural no contexto atual, no encerramento do 14º Encontro Internacional de Economistas sobre Globalização e Problemas de Desenvolvimento, que decorreu no Palácio de Convenções de Havana.

Diaz-Canel observou que é magnífico confirmar que prevalece o debate plural, inclusive polêmico, aberto aos diversos pontos de vista sobre questões que precisam ser clarificadas e são resultantes dos processos associados à globalização com impacto no desenvolvimento.

O presidente considerou a reunião como uma fonte de aprendizado e uma oportunidade para confirmar, afirmar e ratificar as convicções sobre as questões abordadas pela coincidência com os pontos de vista compartilhados.

Ao se referir ao líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz (1926-2016), disse que o confronto de ideias é um princípio dessas reuniões, que devemos ao seu principal promotor.

Díaz-Canel recordou que Fidel descreveu a globalização como um processo objetivo indefinido de crescente interconexão e interdependência das economias nacionais em todo o mundo que influencia todas as esferas da vida social, cujos alicerces e pilares fundamentais estão no desenvolvimento alcançado no transporte, nas comunicações de processos e na transmissão automatizada de informações.

Da mesma forma, denunciou a irracionalidade e a insustentabilidade da onda neoliberal e a necessidade de tomar consciência de que a globalização da solidariedade humana é necessária como um passo importante para o triunfo definitivo da globalização socialista como alternativa para a sobrevivência da espécie.

"O mundo mudou drasticamente desde então, fato confirmado pela recente pandemia de Covid-19, que paralisou o planeta por longos e incertos anos e nós deixou todos em situação pior por não termos dado uma chance à cooperação e à solidariedade", enfatizou.

"Conflitos antigos e novos estão se transformando, o multilateralismo emergente está tentando avançar em um caminho minado por ambições imperialistas obsoletas, enquanto a Organização das Nações Unidas é constantemente ludibriada e seus princípios violados ao atrasar demais sua necessária democratização".

O chefe de Estado cubano advertiu que, se a atual desordem mundial não mudar, a ganância e o egoísmo de uns poucos nos precipitarão em um abismo do qual também não poderão sair  aqueles que insistam em impedir um paradigma de consistência diferente.

"Um mundo mais justo, inclusivo e equitativo que ofereça às nações empobrecidas oportunidades reais para uma vida digna e sustentável, na qual a fome e a pobreza finalmente desapareçam e o direito à vida e ao desenvolvimento seja respeitado", enfatizou.

"Chegou a hora de a humanidade começar a escrever sua própria história", observou.

Díaz-Canel acrescentou que, depois de seis décadas de um bloqueio criminoso, 243 medidas de endurecimento e perseguição excessiva a tudo que poderia significar uma saída para o crescimento no caminho do desenvolvimento, Cuba está apostando tudo nesse campo em que a produção de riqueza pode ser infinita, como disse Fidel e demonstrou ao promover o desenvolvimento da ciência e do conhecimento.

Insistiu em que o bloqueio dos EUA contra Cuba não deixa nenhum espaço sem assédio, "a ponto de nos incluir em uma lista de supostos patrocinadores do terrorismo, uma espécie de bando imperial que proíbe o acesso a créditos e financiamentos", disse.

"Não há economia no mundo que funcione sem financiamento e crédito. Mas os porta-vozes dessa maldade e perversidade, para lá de nos bloquear e assediar, eles também nos difamam. Querem culpar o governo cubano pela dor que eles causam", enfatizou. (Fonte: Prensa Latina)

 



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