Os Cinco.

Havana, 17 dezembro (RHC) Cuba recordou no domingo o 9º aniversário do retorno dos Estados Unidos de três dos cinco combatentes antiterroristas, após uma tenaz batalha política pela sua libertação, comandada pelo líder histórico Fidel Castro.

Em seu relato no X, o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, relembrou o evento que uniu em sua pátria os "cinco heróis cubanos", Antonio Guerrero, Gerardo Hernández, Fernando González, Ramón Labañino e René González. Os cinco, como eram conhecidos na época, haviam cumprido sentenças longas e injustas em prisões dos EUA, após um processo judicial fraudulento que os culpava de várias acusações que, em alguns casos, significavam mais de 100 anos de prisão.

O caso adquiriu relevância internacional quando se descobriu uma rede de espionagem infiltrada em organizações terroristas de origem cubana sediadas em solo norte-americano, a partir da qual foram perpetrados atos contra a Ilha e os próprios Estados Unidos.

De acordo com as cifras do governo cubano, quase 3.500 mortos e mais de 2.000 incapacitados são o resultado das ações organizadas, financiadas e executadas a partir dos Estados Unidos, especialmente da Flórida.

Os cinco combatentes cubanos decidiram suportar a pressão do julgamento manipulado, o assédio da imprensa e a tortura psicológica durante sua prisão, "sem que sua honra, sua integridade e sua lealdade à revolução cubana e ao seu povo tenham sido quebradas", disse Fidel Castro, após o retorno dos heróis.

Em 17 de dezembro de 2014, Havana e Washington chegaram a um acordo histórico que previa a libertação e o retorno dos cinco combatentes contra o terrorismo.

"Não havia alternativas para o governo dos EUA, a libertação dos Cinco não foi um presente ou qualquer concessão, foi uma batalha constante e vitoriosa pela mão de todo um povo e suas famílias", disse certa feita o falecido diplomata e dirigente cubano Ricardo Alarcón.