primeiro-ministro Marrrero Cruz
Havana, 20 dezembro (RHC) O primeiro-ministro da República, Manuel Marrero Cruz, fez uma análise crítica da economia do país.
O chefe de governo discursou na quarta-feira no Segundo Período Ordinário de Sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular, em sua 10ª Legislatura, e falou sobre a complexa situação derivada da intensificação do bloqueio, que prejudica as pessoas, "mas não estamos sentados esperando que ele seja removido, devemos buscar nossas próprias soluções para os problemas", destacou.
Na presença do general do Exército Raúl Castro Ruz e do presidente Miguel Díaz-Canel, o primeiro-ministro explicou que as distorções que violam as instituições e os regulamentos do país se agravaram, sem acarretar risco legal, administrativo, fiscal ou criminal para os infratores.
"O fato de os órgãos globais não articularem adequadamente suas capacidades e funções de autoridade central, com a implementação de políticas, planos e atividades nos setores da economia e dos serviços, prejudica a gestão do governo", acrescentou.
Marrero Cruz comentou que não avança o cumprimento do princípio de subsidiar as pessoas que precisam e não os produtos; e não há aumento sustentável da produção nacional, nem promoção de negócios entre os diferentes atores econômicos para o uso de capacidades ociosas ou com baixo nível de exploração.
"A produção agroindustrial, particularmente a produção de alimentos, não atinge os níveis necessários para atender às necessidades da população e do país, e persistem deficiências no controle da terra e no processo de contratação com formas produtivas não estatais, que são a maioria na produção agrícola", destacou.
Marrero Cruz detalhou que o plano anual da economia e o orçamento do Estado não são planificados em correspondência com as capacidades, as potencialidades e as necessidades de desenvolvimento do país e planejam-se despesas que não são resultado da geração de riqueza e da produtividade do trabalho, nem do funcionamento eficiente dos setores produtivos.
"Enfrentamos a crise econômica e o restante dos conflitos globais que afetam o comércio internacional", acrescentou, e reconheceu a insatisfação por não ter avançado na redução do impacto dos fenômenos internos.
"Há problemas subjetivos e insuficiências que afetam a capacidade de cumprir programas e objetivos, questões que devem ser trabalhadas em 2024", sentenciou. (Fonte: ACN)