Kennedy assina bloqueio a Cuba
Havana, 03 fevereiro (RHC) O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, recordou hoje a formalização, há 62 anos, do bloqueio imposto pelos Estados Unidos à Ilha, que ele descreveu como genocida.
Em seu perfil na rede social X, Rodríguez afirmou que a política hostil de Washington não consegue atingir seu objetivo de derrubar a Revolução, mas tem causado danos graves e imorais ao povo cubano, e exigiu sua cessação.
Em 03 de fevereiro de 1962, o então presidente dos EUA, John F. Kennedy, emitiu a Proclamação 3447, que decretou um "embargo" total ao comércio contra Cuba com a justificativa de que a Ilha se aproximou da comunidade socialista.
Desde então, a política de cerco e asfixia econômica se consolidou como o eixo central da estratégia que visa restringir o direito legítimo dos cubanos de defender sua soberania e forjar um projeto emancipatório fora da dominação norte-americana.
Tais disposições limitam as possibilidades de desenvolvimento econômico ao dificultar as relações comerciais com terceiros países, bem como as operações bancárias e financeiras, restringindo o investimento estrangeiro e cortando todas as fontes de receitas.
Os danos causados pelo bloqueio nessas mais de seis décadas, com base no valor do ouro, chegam a um trilhão 337 bilhões de dólares, números incomensuráveis para qualquer economia do mundo, de acordo com o relatório mais recente apresentado por Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Tal política tem um impacto letal com danos econômicos diretos e indiretos e busca privar o país da renda financeira indispensável para a aquisição de alimentos, tecnologia e suprimentos, além de causar prejuízos ao turismo, afirmou.
No contexto dessa política, entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2023, o governo dos EUA aplicou 909 ações discriminatórias de cancelamento de contratos e serviços por parte de bancos estrangeiros.
O bloqueio contra Cuba é considerado o ato mais complexo, prolongado e desumano de guerra econômica cometido contra qualquer nação. (PL)