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Brasília, 11 de maio (RHC) O dia 29 de abril marcou o 65º aniversário da primeira das 12 visitas do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, ao Brasil, segundo o embaixador da Ilha, Adolfo Curbelo.
Em extenso artigo publicado no site Brasil de Fato, o diplomata conta que Fidel Castro permaneceu uma semana no Brasil, quando mal tinha completado quatro meses o triunfo revolucionário em Cuba. Daquela feita, esteve em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
Durante as reuniões, na época ainda como primeiro-ministro, defendeu a unidade e a integração latino-americanas, enfatizou o status do Brasil como potência e, de forma um tanto profética, suas possibilidades de estimular a criação de um mercado comum que promoveria o desenvolvimento econômico do continente.
Em Brasília, teve um encontro memorável com o presidente Juscelino Kubitscheck no Palácio da Alvorada, a residência oficial dos presidentes.
De acordo com Curbelo, no Rio, o jovem visitante apoiou a Operação Pan-Americana proposta por Kubitscheck como forma de elevar o padrão de vida de todos os latino-americanos.
Tendo se tornado uma personalidade reconhecida por grande parte da opinião pública brasileira, o líder revolucionário aceitou participar do programa "Esta é a sua vida", campeão de audiência na recém-nascida TV Tupi, apresentado pelo popularíssimo Jota Silvestre.
Exclusivamente para o programa, Fidel Castro tornou público um texto do escritor norte-americano Ernest Hemingway: "Tenho grande confiança na revolução de Castro porque ela tem o apoio do povo cubano. Eu acredito em sua causa, Cuba tem sido boa para mim (...) Eu vivi e trabalhei lá".
O embaixador lembra, entre outras passagens, que, ao chegar ao histórico campus da União Nacional dos Estudantes, na Praia do Flamengo, o líder histórico da Revolução cubana deparou numa gigantesca faixa pintada com seu rosto e a frase: "Gostamos de Fidel".
Fidel Castro viajou ao Brasil em outras 11 ocasiões. Reuniu-se com os presidentes José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Participou da Cúpula da Terra/Rio +20 (Rio, 1992) e da Cúpula Ibero-Americana (Salvador, 1993).
Reuniu-se com destacados líderes políticos de diferentes tendências políticas e demonstrou interesse em promover um profundo relacionamento com a intelectualidade e expoentes das mais variadas expressões e manifestações artísticas, relata Curbelo.
Também favoreceu o estabelecimento de um vínculo sólido e estável com o setor de ciência, inovação e tecnologia, e não negligenciou a promoção das relações econômicas e comerciais entre os dois povos e países.