Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 24 de maio (RHC) O Ministério de Energia e Minas de Cuba advertiu sobre o aumento do consumo de eletricidade no país, que até o momento excede a estimativa para 2024.
Aumentou muito. Por exemplo, no último Dia das Mães, o consumo foi 20% mais elevado do que no mesmo dia em 2023, revelou Alfredo López, diretor da União Elétrica (UNE).
Segundo explicou no programa Da Presidência, publicado no Youtube e conduzido pelo presidente cubano Miguel Díaz-Canel, o consumo previsto para 2024 foi 3,5% maior do que no ano passado.
Já ultrapassamos essa estimativa, disse López, e comentou que isso se deve à combinação de "altas temperaturas e outros fenômenos".
A escassez de combustível, as avarias imprevistas e os processos de manutenção em várias usinas termelétricas estão afetando a distribuição nacional de eletricidade.
O funcionário destacou que as condições atuais diferem das de 2018, entre outras razões, porque Cuba "chegou a ter 500 megawatts de reservas e fornecimento estável de combustível".
Agora é totalmente diferente. Desde 2018, não aplicamos manutenção de capital nas unidades geradoras, afirmou.
Em Cuba, comentou, "há 16 unidades geradoras, Felton II tem uma avaria permanente e das 15 restantes, 13 estão fora do sistema de manutenção, e a geração distribuída também não está em cem por cento".
Algumas unidades passaram por manutenção nos últimos meses, mas ainda não é suficiente, e as redes de transmissão de eletricidade também estão enfrentando dificuldades.
Para o diretor da UNE, "não se pode presumir que em julho e agosto haverá uma demanda semelhante à do recente Dia das Mães, mas também não será de 3,5%, podendo ser maior".
Estimamos contar com uma média de 1.200 megawatts em geração térmica e mais de 300 megawatts em Energás durante julho e agosto, anunciou.
Entretanto, não é possível evitar apagões durante esses meses, ponderou.
Da mesma forma, explicou que há dois grandes projetos de energia solar, um de 1006 megawatts a ser executado entre este ano e 2025, e outro de 1.000 megawatts, cuja instalação terá sete anos de duração.
De acordo com López, "os dois projetos exigem o apoio da energia de base do sistema de eletricidade", ou seja, as usinas termelétricas, e é necessário que "elas recebam manutenção capital nos próximos anos".
Estamos passando por uma situação muito séria, mas com todas as ações de conserto em várias unidades, a tendência é de melhora em médio prazo, estimou. Ao mesmo tempo, pediu que se consumisse apenas a eletricidade necessária.
O setor privado e, especialmente, as empresas e as instituições estatais podem ajudar muito na poupança e aliviar o consumo, asseverou. (Fonte: Prensa Latina)