Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez
Havana, 01 de junho (RHC) A única razão para manter Cuba na lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo é endurecer as medidas extremas de cerco financeiro contra o povo cubano, declarou na sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez.
Na rede social X, o ministro das Relações Exteriores ressaltou que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, admitiu no Congresso norte-americano que o país caribenho não protege terroristas, eliminando o último pretexto para a injusta designação da Ilha como Estado patrocinador do terrorismo.
Em 15 de maio, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que Cuba não está incluída em seu relatório de 2023 sobre os países que "não cooperam plenamente" na luta contra esse flagelo.
Um documento enviado aos membros do Congresso afirma que "o Secretário de Estado determinou e certificou, de acordo com a Seção 40A da Lei de Controle de Exportação de Armas, que quatro países - Coreia do Norte, Irã, Síria e Venezuela - não estavam cooperando totalmente com os esforços de contraterrorismo dos EUA no ano civil de 2023".
O texto acrescenta que as circunstâncias para a certificação de Cuba como um país que não coopera com os esforços antiterroristas mudaram entre 2022 e 2023 e, portanto, o Departamento de Estado não designa a ilha como tal.
No entanto, a própria entidade argumenta que seu relatório não é suficiente para retirar Cuba da Lista de países patrocinadores do terrorismo, porque essa designação está sujeita "à lei e aos critérios estabelecidos pelo Congresso".
Nesse mesmo dia, em um comunicado publicado em seu site, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba instou os Estados Unidos a retirar o país caribenho da lista arbitrária e enfatizou que há uma demanda mundial alta e repetida para que o governo dos EUA corrija essa injustiça.
Assegurou que não é suficiente reconhecer que Cuba coopera plenamente com os esforços antiterroristas de Washington e da comunidade internacional, fato que é uma verdade conhecida.
E concluiu que o presidente Joe Biden tem todas as prerrogativas para agir honestamente e fazer o correto. (Fonte:PL)