Governo cubano condena manobras da OEA sobre a Venezuela e apóia Maduro

Editado por Irene Fait
2024-08-01 10:52:41

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Imagen ilustrativa tomada de CubaMinrex

Havana, 01 de agosto (RHC) O governo cubano rejeitou na quarta-feira as manobras da Organização dos Estados Americanos (OEA) destinadas a ignorar a vitória eleitoral de Nicolás Maduro na Venezuela e a promover a violência nesse país sul-americano.

Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex) denuncia a cumplicidade de atores internacionais com setores da oposição interna para ignorar os resultados oficiais do processo eleitoral do último domingo.

Essa ação "incentiva irresponsavelmente o retorno ao estágio do uso da violência e da desestabilização para promover um golpe contra os poderes do Estado para derrubar o governo legítimo da República Bolivariana da Venezuela", diz o comunicado.

Para isso, acrescenta, o Conselho Permanente da OEA se reuniu para analisar as eleições presidenciais na Venezuela, quando essa organização não tem autoridade moral ou legal para resolver questões que só dizem respeito aos venezuelanos.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba não encontra motivos para tal reunião do bloco regional, dada a "longa história da OEA a serviço do imperialismo norte-americano, da intromissão nos assuntos internos dos Estados soberanos de nossa região, do apoio e da promoção de golpes de Estado, ditaduras militares, repressão e tortura que exerceram governos totalmente apoiados pelos Estados Unidos".

Descreveu como "dupla moral com um claro viés ideológico do desacreditado secretário-geral (Luis Almagro), que esteve ativamente envolvido nos atos de violência na Venezuela em 2019", e apoiou o autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó.

“A OEA tentou, em Washington, impor em seu Conselho Permanente uma resolução que instava a autoridade eleitoral venezuelana a recontar os votos emitidos no domingo, 28 de julho, com a observação de organizações internacionais, uma exigência que não se faz a nenhum país", diz o comunicado.

Tal exigência foi descrita pelo Ministério das Relações Exteriores como "incomum e não condizente com a ordem interna da República Bolivariana da Venezuela ou de qualquer outra nação", o que recebeu uma resposta digna de um grupo de países que "impediu a aprovação do documento", afirma.

O Ministério das Relações Exteriores da Ilha adverte que um conflito na Venezuela teria consequências imprevisíveis e muito negativas para toda a região, declarada por uma proclamação como Zona de Paz em 2014.

Em 14 de julho de 2017, o general do Exército Raúl Castro advertiu: "aqueles que buscarem derrubar a Revolução Bolivariana e Chavista por meios inconstitucionais, violentos e golpistas assumirão uma grave responsabilidade perante a história", lembra o documento.

Da mesma forma, reconhece que, no último domingo, os venezuelanos expressaram sua vontade de que "o camarada Nicolás Maduro continue a ser seu presidente e decidiram a favor da defesa da paz, da independência e da autodeterminação de sua pátria".

O documento detalha o apoio popular ao projeto revolucionário fundado por Hugo Chávez (1999-2013), diante do assédio imperialista, da intromissão externa, da manipulação política e midiática e da investida oportunista das oligarquias e seus representantes.

O Minrex ressalta que, com a liderança do presidente Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela e de seus partidos aliados, o povo venezuelano decidiu manter seu apoio majoritário à Revolução Bolivariana, diante de ameaças e agressões externas.

Também reitera o apoio e a solidariedade da Ilha ao governo bolivariano, com Maduro à frente, e a união cívico-militar do heróico povo venezuelano. (Fonte: Prensa Latina)



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