Bruno relatório sobre o bloqueio
Havana, 12 de setembro (RHC) O ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, informou hoje que Cuba sofreu prejuízos de cinco bilhões 56,8 milhões de dólares entre 2023 e 2024 em consequência do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos.
Ao apresentar à imprensa nacional e estrangeira o relatório mais atualizado sobre os efeitos do bloqueio norte-americano, o chanceler cubano destacou que os danos econômicos experimentados de 1º de março de 2023 a 29 de fevereiro de 2024 representam um aumento de 189,8 milhões em relação ao relatório anterior.
O bloqueio norte-americano contra Cuba é a causa fundamental das dificuldades enfrentadas pelas famílias da Ilha. Vamos denunciar isto com força na ONU, confirmou hoje o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez.
O chanceler cubano afirmou que o bloqueio é absoluto, repressivo e brutal, mas será derrotado com a resistência e a criatividade do próprio povo de Cuba, e o crescente apoio internacional.
Asseverou que o governo cubano está trabalhando arduamente para superar essas dificuldades e tornar sua gestão econômica mais eficiente, apesar dos inúmeros obstáculos e do constante assédio às instituições e operações financeiras nacionais.
É mentira a alegação de que essa política tem por objetivo ajudar o povo cubano, sentenciou Bruno Rodríguez. E ressaltou que a mesma é extraterritorial porque também prejudica os interesses de cidadãos e empresas dos EUA.
O ministro elogiou o apoio exterior a essa causa, evidente nos crescentes apelos da sociedade norte-americana pela cessação das medidas coercitivas e de associar o país caribenho ao terrorismo internacional.
Cuba não está sozinha no enfrentamento desse cerco multidimensional, lembrou Rodríguez, destacando que, desde 1992, a comunidade internacional ratificou sua rejeição a essa política, que foi reforçada a níveis sem precedentes durante o impacto da Covid-19.
Durante o período em análise, explicou, foram registrados mais de dois mil eventos públicos, intervenções e documentos adotados em eventos internacionais, condenando o bloqueio, bem como mais de 880 declarações contra o Título III da Lei Helms-Burton.
O documento apresentado pelo chanceler cubano, a ser exposto em outubro próximo na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), confirma o crescimento do movimento internacional, que exige o fim do bloqueio e a retirada de Cuba da lista (elaborada pelo governo dos EUA) de países patrocinadores do terrorismo. (Fonte: PL)