Nações Unidas, 28 de setembro (RHC) A solidariedade com Cuba e sua luta contra a hostilidade dos Estados Unidos foram as demandas da Comunidade do Caribe (Caricom) na Assembleia Geral da ONU, que continua neste sábado com discursos de mais membros do bloco.
A 79ª sessão do organismo serviu de plataforma para que as pequenas ilhas criticassem a designação de Cuba como patrocinador do terrorismo e adiantassem sua posição de apoio na próxima votação de um texto que novamente pedirá o fim do cerco econômico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos.
O primeiro-ministro de St. Kitts e Nevis, Terrance Drew, disse, em nome da Caricom, que a Assembleia Geral envia todos os anos uma mensagem forte ao povo de Cuba e contra o bloqueio, considerando-o ilegal e uma mancha em "nossa consciência coletiva".
"Kitts e Nevis se une à Caricom para pedir o fim desse bloqueio injusto e a remoção de Cuba da lista do Departamento de Estado de Patrocinadores do Terrorismo", afirmou o líder descrevendo Cuba como amiga do Caribe.
Destacou o trabalho de seus médicos e educadores, disse que exemplificam a verdadeira filantropia e pediu que, em vez de denegrir a Ilha, elevássemos e aprendêssemos com suas soluções sustentáveis que empoderaram seu povo e, por sua vez, a região.
A ministra das Relações Exteriores da Jamaica, Kamina Johnson Smith, aderiu ao apelo para a cessação das duas políticas dos EUA contra Havana, enfatizou os graves danos ao bem-estar socioeconômico da população e os obstáculos que implicam para o progresso em direção às metas de desenvolvimento sustentável.
O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, exigiu o fim das medidas coercitivas dos EUA e enfatizou que chegou a hora de quebrar as correntes de políticas obsoletas, contrárias à atual interconexão do mundo e baseadas em diferenças ideológicas.
O líder de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, denunciou o dano colateral ao Caribe causado pela hostilidade da Casa Branca em relação a Cuba, porque a utiliza como uma arma do sistema financeiro.
Afirmações semelhantes também foram ouvidas dos governantes de Barbados, Guiana e Suriname, e esperam-se pronunciamentos similares de outros líderes da Caricom quando subirem ao pódio da Assembleia Geral da ONU entre sábado e a próxima segunda-feira.