Foto: Estudios Revolución
Havana, 02 de outubro (RHC) Os governadores cubanos analisaram o não cumprimento das diretrizes do programa habitacional e da produção local de materiais de construção, em uma reunião presidida pelo primeiro-ministro Manuel Marrero.
Não é a primeira vez este ano que, ao verificar o cumprimento da Política Habitacional e do programa de produção local de materiais de construção, todas as províncias apresentaram retrocessos. No final de agosto, 5.262 casas estavam terminadas, o que representa apenas 39% do plano para 2024.
Os números, de acordo com o relatório apresentado na mais recente reunião com os governadores, liderada pelo primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, confirmam a persistência de uma taxa de execução muito baixa, e os níveis de produção de materiais são insuficientes em todas as áreas.
Diante desse cenário, que é mais prevalente em Havana, Camagüey, Las Tunas, Santiago de Cuba e Guantánamo, a chefe do Escritório de Atenção às Administrações Locais do Conselho de Ministros, Nancy Acosta Hernández, explicou o trabalho realizado com a Direção Geral de Habitação, a fim de corrigir as fissuras organizacionais, independentemente das limitações marcantes dos recursos.
A reunião, realizada na sede do Conselho de Ministros, no Palácio da Revolução, e conectada por videoconferência com as províncias, revelou a urgência de reverter esta situação, o que contribuirá para otimizar os recursos disponíveis.
Sobre a transferência do processo de consulta para a entrega de terras estatais ociosas em usufruto, uma responsabilidade que agora será assumida pelos Conselhos de Administração Municipal, o vice-primeiro-ministro, Jorge Luis Tapia Fonseca, insistiu no vínculo entre essas transformações e a descentralização de poderes para as províncias, obrigadas a desenvolver procedimentos mais ágeis e a encontrar alternativas para aumentar a produção de alimentos.
"Não se trata apenas de uma descentralização de combustível ou da alocação de divisas, trata-se de uma descentralização de decisões, que são assumidas pelo governo", acrescentou o membro do Bureau Político e vice-presidente da República, Salvador Valdés Mesa, ao enfatizar a importância da autonomia municipal e a responsabilidade que isso implica.
"Temos que dar a terra para aqueles que realmente produzirão. Temos que levar em conta a estratégia do município, suas necessidades e o equilíbrio do que exige, ao tomar essas decisões. O que foi estabelecido deve ser implementado, deve haver rigor, mas não pode se tornar um processo demorado, como ainda acontece em alguns municípios", disse, mais tarde, o Primeiro-Ministro.
Com relação às comunidades, a ênfase foi dada à transformação real, à transformação social e cultural, ao papel de vanguarda dos assistentes sociais, uso dos orçamentos locais, prioridades dos municípios e, acima de tudo, participação das pessoas.
Com relação à proliferação de construções ilegais à beira das estradas, o princípio defendido foi claro, com base em indicações emitidas em momentos anteriores pelo General do Exército Raúl Castro Ruz, líder da Revolução Cubana: a tarefa não é proibir, mas ordenar, exigir, disciplinar. O planejamento territorial e urbano é tarefa de todos.
Marrero Cruz também mencionou as reuniões de prestação de contas, um processo que é a própria essência da democracia cubana. E solicitou uma revisão dos sistemas de trabalho, incentivou o diálogo com a população, visitar as comunidades, escutar as pessoas. Todos os dirigentes, em todos os níveis, precisam conversar com o povo, ressaltou o primeiro-ministro. (Fonte: Presidência Cuba)