Havana, 23 de outubro (RHC) O presidente do Conselho de Defesa Nacional, Miguel Díaz-Canel, destacou na quarta-feira a solidariedade internacional com a situação de Cuba, em contraste com a inação dos Estados Unidos, que mantém seu bloqueio econômico, comercial e financeiro contra a Ilha.
Em mensagem no X, Díaz-Canel enfatizou que cerca de 41 países e várias organizações internacionais demonstraram solidariedade com Cuba "que está enfrentando os impactos simultâneos de um furacão e uma emergência energética, com admirável resiliência".
Os Estados Unidos declaram que não pedimos nada, disse o presidente, e concluiu especificando: "Aqui está nossa exigência: #TumbaElBloqueo" (#TombeOBloqueio).
Segundo dados oficiais, a política hostil de Washington contra Cuba causou danos e perdas materiais à Ilha estimados em cinco bilhões e 56,8 milhões de dólares entre 1º de março de 2023 e 29 de fevereiro de 2024.
O cerco econômico exacerbou as limitações financeiras e o acesso ao crédito para reparar as usinas termelétricas do país, adquirir as tecnologias necessárias e o combustível requerido para garantir um fornecimento estável de eletricidade à população e aos setores estratégicos da economia nacional, de acordo com o relatório mais recente de Cuba sobre o impacto do bloqueio.
A União Nacional Elétrica (UNE) não conseguiu fornecer o financiamento necessário para realizar as manutenções parciais e ampliadas das usinas do país, o que fez com que 13 das 15 termelétricas estejam fora do ciclo de manutenção, várias delas por mais de três ciclos que correspondem a cada cinco anos. Como resultado, o nível de avarias tem sido considerável.
Apesar da rejeição da comunidade internacional, que há mais de 30 anos apoia majoritariamente a resolução de Cuba sobre a necessidade de pôr fim a essa política hostil, os Estados Unidos não só mantêm o bloqueio, como também o intensificaram. (ACN)