Foto: Radio Havana Cuba
Havana, 28 novembro (RHC) O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, expressou na quinta-feira seu pesar pela morte de Pedro Martínez Pírez, um dos jornalistas mais prestigiados do país caribenho, e enviou condolências à sua família e amigos.
"Triste notícia da morte de Pedro Martínez Pírez, quem obteve o Prêmio Nacional de Jornalismo José Martí e da Rádio Cubana pelo trabalho de sua vida, uma vida que dedicou a defender Cuba a partir do rádio e da televisão, onde se sentia um combatente", afirmou o presidente em sua conta no X.
Por meio dessa rede social, o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo, expressou suas mais profundas condolências e enfatizou que Martínez Pírez "deixou uma marca de profissionalismo, dedicação e serviço ao jornalismo e à Pátria durante toda a sua vida".
Natural de Villa Clara, o proeminente jornalista foi fundador e editor da revista da Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes e participou desde muito jovem da luta revolucionária com o Movimento 26 de Julho.
Martínez Pírez deixou uma marca de profissionalismo e serviço no jornalismo em vários meios de comunicação impressos, de rádio e televisão, e na agência de notícias Prensa Latina.
Após o triunfo da Revolução em 1959, se incorporou à diplomacia revolucionária em países como Equador e Chile, onde começou a estabelecer sua relação com a profissão de jornalista e com a emissora radiofônica onde se tornou um emblema profissional: Radio Havana Cuba.
Obteve o Prêmio Nacional de Jornalismo Televisivo em 1989; o Prêmio Nacional de Jornalismo Radiofônico em 1991; o Prêmio Nacional de Jornalismo José Martí pelo Trabalho de Vida em 2005; e o Prêmio Nacional de Rádio em 2006.
Da mesma forma, deixou sua marca na Assembleia Nacional do Poder Popular, no internacionalismo cubano na África como correspondente de guerra e como professor na Universidade de Havana.
De acordo com a União de Jornalistas de Cuba, os colegas reconheciam em Martínez Pírez uma testemunha de episódios importantes da história cubana pós-1959 e um cultivador da fraternidade com personalidades relevantes e povos de nossa região.
"Seu trabalho diplomático e jornalístico o tornaria muito próximo de figuras como Osvaldo Guayasamín e Salvador Allende, para mencionar dois dos mais queridos por Cuba", destacou a União de Jornalistas de Cuba.
Em 1973, entrou na Radio Havana Cuba, onde ocupou o cargo de editor, repórter, roteirista, apresentador, editor-chefe, diretor de informações e vice-diretor geral encarregado da política editorial, cargo que ocupou por mais de trinta e cinco anos.
Seu alto reconhecimento o levou a fazer parte do júri do prêmio da revista Casa de las Américas no gênero testemunho, e por seu patriotismo recebeu a Réplica do Machete de Máximo Gómez e a Utilidad de la virtud (Utilidade da virtude).