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Por Isis María Allen
Havana, 14 dezembro (RHC) Os participantes da Conferência Internacional Década dos Afrodescendentes Cuba 2024, que terminou na sexta-feira em Havana, destacaram a importância do encontro e o papel de Cuba na luta pela igualdade racial.
O vice-ministro colombiano de Esportes, Manuel Palacios, descreveu o evento como um cenário interessante no qual foi possível fazer um balanço do impacto da Década dos Afrodescendentes também na área dos esportes.
Em entrevista à Rádio Havana Cuba (RHC), comentou que o impacto foi pequeno, pois a falta de oportunidades e de reconhecimento para os negros continua.
No caso da Colômbia, afirmou que o governo de Gustavo Petro está focado na inclusão, daí a existência de ministros e vice-ministros afrodescendentes, algo que nunca havia acontecido antes no esporte.
Ressaltou a importância de estar em Cuba, um lugar que sempre sonhou em visitar porque tinha curiosidade de saber como um país tão pequeno se tornou um exemplo e líder na região.
Na Conferência Década dos Afrodescendentes, RHC também conversou com a norte-americana Colette Pean, da organização de direitos dos afrodescendentes Dezembro 12. Ela destacou a ocasião como uma oportunidade de continuar denunciando a discriminação e o racismo ao mundo.
Esta situação é evidente em seu país, diante da falta de acesso à saúde e à educação para os negros, o que é mostrado nas estatísticas, do mesmo modo em que os jovens negros são vítimas de procedimentos policiais injustos.
Destacou o papel de Cuba na luta pela igualdade racial e a utilidade da conferência para a colaboração nessa batalha.
Por sua vez, o ativista norte-americano James Counts Early disse à RHC que, ao organizar o evento "pela década contra o racismo, Cuba está assumindo uma posição de líder em nosso continente, um líder em relação à África, e essa é a importância da conferência e das exposições que escutamos aqui".
A Conferência Internacional Cuba 2024 Década dos Afrodescendentes ocorreu em Havana e na cidade vizinha de Matanzas, de 9 a 13 de dezembro, com a participação de 240 delegados de 18 países, sob o lema "igualdade, equidade e justiça social".