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Havana, 20 dezembro (RHC) A congressista Barbara Lee defendeu perante a Câmara dos Deputados dos EUA que Cuba não é um Estado terrorista e instou a que os dois países mantivessem relações normais.
De acordo com o jornal Granma, ao falar perante o plenário da Câmara dos Deputados dos EUA, Lee citou um trecho de uma carta assinada pela Associação Cubana das Nações Unidas, na qual se afirma que não há evidências para apoiar o mencionado qualificativo.
A congressista pediu ao presidente da sessão que inserisse na ata o parágrafo citado da carta, no qual também se afirma que a grande maioria da comunidade internacional reconhece a falta de argumentos para manter Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo.
Afirma também que até mesmo as agências especializadas do governo dos Estados Unidos concedem grande valor à cooperação cubana e à sua luta contra esse flagelo.
Ressaltou vários argumentos que tornam a acusação insustentável, como, por exemplo, o fato de que há muitas descobertas científicas na Ilha das quais os norte-americanos poderiam se beneficiar, informa o jornal Granma.
A congressista deu como exemplo a existência do Heberprot-P, um tratamento que previne a amputação devido ao diabetes, usado em todo o mundo, e disse que o viu em clínicas, bem como sua eficácia, que está entre 80 e 90%.
Apesar dos obstáculos, detalhou, Cuba soube dar a volta por cima e conseguiu que uma empresa norte-americana, a Discovery Therapeutics Caribe, desenvolvesse os ensaios, que estão na fase III.
"Tudo que a gente quer são relações normais com Cuba", enfatizou.
A carta mencionada, em nome de 130 organizações, movimentos, redes, grupos e atores da sociedade civil cubana, é dirigida ao presidente dos Estados Unidos e analisa o grave impacto que provoca em todos os setores da vida do povo cubano a inclusão do país na lista de Estados patrocinadores do terrorismo. (ACN)