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Havana, 21 dezembro (RHC) O presidente Miguel Díaz-Canel agradeceu aos mais de 500 mil cubanos que marcharam ao longo do Malecón (Avenida Beira-Mar), em Havana, para exigir o fim da agressividade dos Estados Unidos contra Cuba.
Na rede social X, o presidente agradeceu "por superar mais uma vez a imaginação mais fértil. Por essa grande #MarchaDelPueblo com o general de Exército (Raúl Castro). Pelo grito unânime: não somos terroristas, tirem-nos da lista, e #TumbaElBloqueo (Abaixo o bloqueio)", escreveu.
Obrigado pela inspiração infinita, reiterou o chefe de Estado, poucas horas depois da manifestação e do desfile ao longo dessa importante avenida da capital, onde fica embaixada dos EUA.
A mobilização dos cubanos, liderada por Raúl Castro, José Ramón Machado Ventura (comandante do Exército Rebelde), o próprio presidente, o primeiro-ministro Manuel Marrero e seu gabinete, exigiu, em primeiro lugar, o fim do bloqueio imposto por Washington por mais de seis décadas.
Da mesma forma, exigiram tirar Cuba da lista do Departamento de Estado de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
Díaz-Canel abriu o desfile com palavras de denúncia contra o governo do cessante Joe Biden que não reverteu a política de seu antecessor, Donald Trump (2017-2021), como tinha prometido durante sua campanha presidencial.
O chefe de Estado cubano destacou que com a implementação das 243 medidas adicionais e manter a Ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo, Biden cumpriu ao pé da letra a política que Trump aprovou durante seu mandato.
Enfatizou que assinalar Cuba como um Estado que supostamente patrocina o terrorismo é, no mínimo, falso e imoral, venha de onde vier a acusação, mas é duas vezes assim quando vem do território norte-americano.
De lá, denunciou, estão sendo treinados grupos paramilitares que organizam, promovem e financiam ações terroristas contra as estruturas sociais e econômicas de Cuba.
A permanência de Cuba nessa lista e o endurecimento da política de bloqueio são ações contra o povo cubano que devem parar já, afirmou.
Cuba não professa o menor sentimento de ódio ou animosidade contra o povo norte-americano, mas se opõe ao empenho do governo dos EUA para arrebatar sua soberania, independência e socialismo. Diante disso, sempre encontrará rebeldia e intransigência, deixou claro o presidente de Cuba.
E lembrou que seu país estendeu a mão a todos os governos dos Estados Unidos desde o triunfo da Revolução até hoje, sempre em termos de uma relação séria, respeitosa e igualitária.
Contra o plano do imperialismo norte-americano, e a pretensão de impor sua vontade pela força, ou pela sedução a Cuba, vamos marchar agora e sempre, ressaltou Díaz-Canel. (PL)