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Havana, 15 janeiro (RHC) Cuba foi retirada da lista norte-americana de países patrocinadores do terrorismo, uma decisão da Casa Branca que hoje comemoram líderes mundiais e organizações sociais que também exigem a cessação do bloqueio imposto pelos EUA à Ilha.
A medida anunciada na terça-feira pelo governo de Joe Biden foi recebida com satisfação em vários países, especialmente na América Latina, incluindo Venezuela, Colômbia e Bolívia, bem como por representantes de movimentos de solidariedade com a nação caribenha. O governo bolivariano do presidente Nicolás Maduro descreveu a ação dos EUA como limitada e argumentou que tal designação nunca deveria ter sido aplicada a Cuba.
Nesse sentido, ressaltou a necessidade de desmantelar o bloqueio econômico, financeiro e comercial que afeta a sociedade cubana há mais de 60 anos.
Por sua vez, o chefe de Estado boliviano, Luis Arce, elogiou a decisão dos EUA e afirmou que "a razão, a verdade e a justiça prevaleceram", após a "inclusão unilateral, arbitrária e infame (na lista) em 2021", afirmou em sua conta X.
Por sua vez, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também saudou a exclusão de Cuba da lista, que foi elaborada unilateralmente pelos Estados Unidos. O presidente considerou que a eliminação das medidas punitivas, mesmo que parcialmente, é um passo adiante.
O Ministério das Relações Exteriores colombiano agradeceu ao povo cubano por seu apoio irrestrito aos processos de negociação e diálogo necessários para alcançar a coexistência pacífica na Colômbia.
"Por nossa firme convicção no multilateralismo como princípio das relações internacionais, rejeitamos a imposição de sanções e medidas unilaterais e, portanto, junto com outros países aliados da região, apoiamos os esforços e pedidos para que a irmã República de Cuba seja excluída dessa lista", acrescentou a nota do ministério.
A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América -Tratado de Comércio dos Povos saudou a notícia e também elogiou "a eliminação pelo governo dos EUA de duas outras medidas coercitivas unilaterais" anunciadas pela Casa Branca na terça-feira.
De acordo com o bloco de integração da América Latina e do Caribe, apesar da natureza limitada da decisão, "vai na direção correta e de acordo com as demandas sustentadas e firmes de Cuba" e de numerosas entidades internacionais, além de favorecer a nação cubana em seu caminho soberano de desenvolvimento.
Nos Estados Unidos, a Rede Nacional sobre Cuba (NNOC) reafirmou seu compromisso de lutar contra o bloqueio e destacou os esforços da solidariedade para alcançar o resultado que publicou o governo Biden, na terça-feira.
Cheryl LaBash, copresidente do NNOC, disse à Prensa Latina que "quando lutamos, vencemos!", referindo-se às "muitas resoluções que representam mais de 60 milhões de pessoas nos Estados Unidos - conselhos municipais, legislaturas estaduais, sindicatos - que fizeram que suas vozes fossem ouvidas" (Fonte: Prensa Latina).