Foto: Arquivo/RHC
Havana, 20 janeiro (RHC) O chefe de Estado cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou na segunda-feira que a reintegração de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem por objetivo continuar fortalecendo a cruel guerra econômica contra a Ilha.
Em sua conta na rede social X, o chefe de Estado destacou que recolocar Cuba na designação fraudulenta "em ato de arrogância e desprezo pela verdade" não surpreende e tem por objetivo a dominação.
Ressaltou que o resultado das medidas extremas de cerco econômico impostas pelo inquilino da Casa Branca tem sido provocar escassez entre o povo cubano e um aumento significativo no fluxo migratório para os Estados Unidos.
"Este ato de zombaria e abuso confirma o descrédito das listas e dos mecanismos coercitivos unilaterais do governo dos EUA", disse Díaz-Canel.
O presidente cubano afirmou que prevalecerá "a causa legítima e nobre de nosso povo que mais uma vez vencerá".
Trump, que está no cargo há apenas algumas horas, revogou na segunda-feira a ordem de apenas seis dias atrás de seu antecessor, Joseph Biden, que excluía Cuba da lista unilateral de países que patrocinam o terrorismo.
E também anunciou que rescindiria pelo menos 78 "ações executivas destrutivas e radicais" do governo anterior; afirmou que as medidas seriam "anuladas" em cinco minutos.
Em 14 de janeiro, Biden tomou sua decisão, embora tardia, de que Cuba "não deveria mais ser designada como Estado patrocinador do terrorismo".
Da mesma forma, emitiu uma isenção para o Título III da Lei Helms-Burton, também conhecida como Lei da Liberdade, por um período de seis meses e rescindiu o Memorando Presidencial de Segurança Nacional 5 de 2017 sobre a política de Cuba para eliminar a chamada lista restrita.
As medidas foram recebidas como um dever de justiça elementar para com Cuba e como um passo na direção correta, mas o bloqueio permaneceu em vigor. (Fonte: Prensa Latina)