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Havana, 03 de fevereiro (RHC) América Latina e o Caribe estão sob ameaça e só com unidade se pode enfrentar a articulação da contraofensiva imperialista e oligárquica, afirmou o presidente cubano Miguel Díaz-Canel na segunda-feira, falando na 12ª cúpula extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América - Acordo de Comércio dos Povos (ALBA-TCP).
O chefe de Estado disse que é impossível esquecer os episódios de interferência na região, há alguns anos, pelo governo de Donald Trump, que usou planos delirantes e perigosos.
"Hoje esse governo dos Estados Unidos pretende definir as opções para os países da região, que são ou nos submeter, ou ser alvo de agressão", advertiu.
Díaz-Canel denunciou que, desde 20 de janeiro, o novo governo dos EUA tem demonstrado total desprezo pelos povos da América Latina e do Caribe, por meio de mentiras, manipulação e uso de epítetos racistas.
"Milhões de pessoas inocentes são rotuladas como criminosas por serem latino-americanas e caribenhas, e o governo dos EUA ameaça e tenta legitimar a imposição de medidas coercitivas unilaterais e outras decisões sem respeitar a ordem de outros países", acrescentou.
Ressaltou que, nesse cenário, é importante discernir entre a retórica e o desespero desses atores para atingir objetivos de curto prazo.
O chefe de Estado considerou que esta reunião, uma iniciativa da Secretaria da ALBA-TCP, é muito útil para atualizar as prioridades de trabalho do bloco e trocar informações sobre os desafios atuais e futuros.
"Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para agradecer aos membros desta Aliança por seus esforços e demandas para a remoção de Cuba da lista de supostos países terroristas", enfatizou.
Díaz-Canel ressaltou que a administração de Joe Biden e o governo dos EUA foram forçados a reconhecer, embora tardiamente, que não havia razão ou argumento para manter Cuba na "lista fraudulenta e espúria".