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Havana, 17 fevereiro (RHC) Uma infinidade de heróis ilumina nossa história. Todos eles, de mérito inestimável, de valores comprovados, de princípios irrenunciáveis.

Entre eles, destaca-se um homem de origem humilde e atitude semelhante em relação à vida, ao povo e à Revolução: Juan Almeida Bosque, nascido em Havana em 17 de fevereiro de 1927, que dedicou sua vida a causas justas, enquanto sofria a dureza da discriminação e os demais males de uma República subordinada ao poder imperial.

Sua marca, como parte da geração que não permitiu que José Marti morresse no ano de seu centenário, também o imortalizou nas paredes do Moncada; nas celas da então mal chamada Prisão Modelo; no exílio mexicano e na preparação da luta; no Granma, na guerrilha, em sua III Frente Mario Muñoz Monroy, "naquele dia de janeiro que pôs fim ao que era injusto".

É impossível não pensar nisso, sempre que falamos na construção socialista e na defesa de suas conquistas.

Mas Almeida está, acima de tudo, no coração de seu povo de "brancos e negros de mãos dadas (...) de fraternidade, do negro e do pobre redimidos, com o branco e o rico igualados"; o povo que o honra e assume que nesta terra não há rendição possível. O povo que se lembra dele nas esquinas, conversando de forma afável, preocupado e ocupado com as mais diversas situações, e que cantarola La Lupe, Este camino largo, Mejor concluir, Vuelve pronto ou qualquer outra de suas 300 composições musicais.  Almeida está na colina de La Esperanza, liderando seus companheiros de luta, onde será homenageado hoje.

Também nos legou, como premissa indiscutível, seu sensato conselho "àqueles que têm o dever de dar continuidade ao nosso processo", lembrando "como eterno combatente, um pensamento de Maceo: quero ter a glória de ter contribuído para o bem e a independência de Cuba, e ostentar, com orgulho, o título de bom cidadão, que dá brilho e grandeza quando é obtido sem mancha". (Fonte: Granma)