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Havana, 29 março (RHC) Autoridades do Sistema de Saúde de Cuba garantiram na sexta-feira que o atendimento médico dispensado a um menino de 10 anos em várias instituições ocorreu sem irregularidades, um caso que foi manipulado nas redes sociais.
Na televisão cubana, autoridades de saúde e especialistas asseguraram que Damir Ortiz, diagnosticado com neurofibromatose plexiforme tipo 1, recebeu o atendimento adequado dos profissionais da saúde.
Da mesma forma, esclareceram que foram utilizados os recursos disponíveis no Sistema Nacional de Saúde e que os médicos envolvidos trabalharam com o humanismo, a sensibilidade, o amor, o profissionalismo e a dedicação que os caracterizam.
De acordo com os especialistas, a Neurofibromatose Plexiforme tipo 1 é uma doença genética causada pela mutação de um gene no espermatozóide ou no óvulo, sem cura, que afeta uma em cada três mil pessoas no mundo e pode aparecer em famílias sem histórico.
O paciente foi inicialmente internado no Hospital Pediátrico Juan Manuel Márquez e depois nos institutos de Neurologia e Neurocirurgia, e Hematologia e Imunologia, antes de viajar para os Estados Unidos para continuar seu tratamento.
Os estudos confirmaram que ele sofre de linfoma de leucemia de células B maduras e os médicos admitiram que houve perda de tempo no tratamento dele porque, em princípio, a mãe se recusou a realizar estudos no hospital pediátrico.
Garantiram que não havia falta de medicamentos para tratá-lo, embora muitos sejam importados a preços muito altos.
Na transmissão televisiva, foi relatado que a mãe da criança solicitou ao Hospital Pediátrico uma carta na que admitisse a impossibilidade de tratá-la em Cuba.
O hospital não emitiu a carta porque não era verdade, não correspondia à realidade da medicina neste país e aos esforços feitos no caso, mas lhe entregou o histórico médico com os detalhes da doença, os estudos realizados e a abordagem terapêutica.
Os especialistas também afirmaram que as decisões no processo de atendimento foram tomadas de forma colegiada e que não houve suborno, tráfico de influência ou outras práticas ilegais em nenhuma parte do processo, como foram divulgados nas redes sociais.
Da mesma forma, revelaram que a deturpação do processo nessas plataformas teve um impacto emocional sobre os profissionais envolvidos no caso e suas famílias, e até mesmo sobre outros pacientes. Quando o menino deixou o país, explicaram, já estava iniciando o processo de recuperação hematológica, devido ao tratamento recebido aqui.
E disseram que os médicos envolvidos no caso estavam satisfeitos com a melhora da criança, conforme relatado nas redes sociais.
Participaram da transmissão televisiva os médicos José Luis Aparicio, funcionário do Ministério da Saúde; Araíz Consuegra, diretora do Hospital Pediátrico Juan Manuel Márquez; Orestes López, diretor do Instituto de Neurologia e Neurocirurgia, e Wilfredo Roque, diretor do Instituto de Hematologia e Imunologia.