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Havana, 09 abril (RHC) Alinhado no Congresso dos Estados Unidos com as políticas mais cruéis contra Cuba, o deputado Carlos Giménez, da Flórida, exigiu tarifas para os governos que contratem médicos cubanos sob acordos de colaboração.
Em carta ao secretário de Estado Marco Rubio, ele aderiu às campanhas de difamação, manipulação e descrédito de Washington contra as missões de saúde da Ilha e solicitou a imposição de penalidades financeiras aos governos estrangeiros que utilizem esses serviços.
Isto faz parte de um esforço para tentar cortar as receitas de Cuba, que vive há mais de 60 anos castigada pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos EUA.
Giménez pediu "veementemente" a Rubio que "tome medidas imediatas" - trabalhando com funcionários do governo de Donald Trump - contra os países que mantêm essa forma de colaboração com Cuba.
De acordo com o membro da Câmara dos Deputados, "esses países são cúmplices de um regime que pratica a escravidão", uma afirmação desmentida não apenas pelo governo cubano, mas também pelos próprios profissionais, que afirmaram que uma missão médica é, acima de tudo, voluntária.
O político também fez ameaças em suas redes sociais aos cubanos que vivem nos EUA para que limitem seus contatos familiares com a Ilha. Se eles enviarem remessas de dinheiro ou viajarem para Cuba, disse, "farão isso por sua própria conta e risco. Depois não reclamem. Foram avisados.
Na semana passada, o político enviou uma carta ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, na qual pediu que acabasse com todas as viagens de e para Cuba, além de proibir as remessas de dinheiro de cidadãos americanos para familiares ou amigos no país caribenho.
Para Giménez, essa medida teria impacto sobre "o regime" de Havana. "Temos de eliminar a ditadura", enfatizou.
Três cubano-americanos são membros da Câmara dos Deputados da Flórida: Mario Díaz-Balart (Fort Lauderdale, 1961), María Elvira Salazar (Miami, 1961) e Giménez (Havana, 1954), o único nascido na Ilha.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, denunciou outro ataque às missões médicas em fevereiro. O governo dos Estados Unidos suspendeu os vistos associados aos acordos de cooperação médica internacional, disse, alertando que essa era uma nova agressão injustificada contra o povo cubano. (Fonte: Prensa Latina)