Obama reitera disposição de avançar nas relações com Cuba

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-03-23 11:57:47

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Havana, 22 de março (RHC).- O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que viajou a Cuba para estender uma mão de amizade ao povo deste país e enterrar o último vestígio da Guerra Fria no continente. Ele falou no Grande Teatro de Havana nesta terça-feira na presença do chefe de Estado cubano, Raúl Castro, altas autoridades e representantes da sociedade civil, e ofereceu uma saudação de paz.

Nossas diferenças são reais e importantes, indicou Obama ao se referir às mais de cinco décadas de atritos entre Cuba e os EUA, porém, reconheceu os valores culturais compartilhados entre os dois povos e os pontos comuns na história, religião e esporte. Somos como irmãos afastados por muito tempo embora compartilhemos o mesmo sangue, apontou.

Nesse ponto, recordou o trabalho do cientista cubano Carlos J. Finlay que permitiu vencer a febre amarela nos dois países, a presença do escritor norte-americano Ernest Hemingway em Havana, onde residiu por longos anos, a estada do Herói Nacional cubano José Martí nos EUA no século 19, e até paixões comuns dos dois povos em termos de esporte e música.

Também sublinhou que médicos cubanos têm trabalhado junto com colegas norte-americanos no combate a epidemias como a de ebola na África Ocidental, e disse que essa cooperação é beneficiosa para todos. Lembrou que Cuba e EUA contribuíram às mudanças que houve na África do Sul, por caminhos diferentes, ao mencionar a figura de Nelson Mandela.

Chegou a hora de suspender o embargo, afirmou o presidente dos EUA ao falar no bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba desde o começo dos anos 60, qualificando-o de carga obsoleta sobre esta nação. E recordou que tem solicitado ao Congresso norte-americano eliminar essa medida.

Uma política de isolamento em pleno século 21 não tem sentido, apontou ao sublinhar que seu país não tem a intenção de impor mudanças, pois toda decisão desse tipo cabe ao povo cubano. Ao ressaltar a importância do processo rumo à normalização das relações bilaterais, Obama ratificou sua disposição de olhar para o futuro com esperança e respeitando as diferenças.



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