Havana, 27 de março (RHC).- O jornal “Granma”, editado em Havana, afirmou que as promessas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro para que médicos cubanos ficassem no Brasil eram falsas.

A matéria aborda a situação precária em que se encontram muitos dos profissionais da saúde que decidiram não voltar a Cuba acreditando nas palavras do atual chefe de Estado.

“Fomos médicos, mas hoje não somos nada, dizem cubanos que ficaram no Brasil”, é o título da matéria publicada nesta quarta-feira. Eles não podem exercer a profissão porque não contam com o exame de revalidação e não têm outra fonte de renda para subsistir.

Bolsonaro ofereceu asilo aos que abandonassem o programa Mais Médicos, do qual Cuba deixou de participar por causa das declarações ofensivas e ameaças do então presidente eleito. A matéria menciona entrevistas feitas pela rede BBC Mundo a um grupo desses profissionais.

Yulia Molina disse não saber em que outras portas poderia bater para sair da situação atual, e Yoan Rodríguez afirma que o dinheiro que tinha guardado acabou em dois meses. Desde 2017 não são convocados no Brasil exames de revalidação, e não há data prevista. Sem isso, os médicos estrangeiros não podem exercer a profissão no território nacional.