Havana, 29 de agosto (RHC).- A OMS – Organização Mundial da Saúde advertiu que na Europa há um “ressurgimento drástico” do sarampo, e um dos fatores é o rechaço às vacinas. Quase 90 mil pessoas adoeceram nos primeiros seis meses deste ano.

Isso significa o dobro do número de casos registrado no mesmo período de 2018. A maior incidência é na Ucrânia (84 mil), Cazaquistão e Geórgia.

Estima-se que os grupos opostos à imunização têm grande responsabilidade com os surtos atuais. A vacina evita o contágio, mas não há tratamento efetivo para uma pessoa doente de sarampo. “Se não for alcançada e mantida uma alta cobertura de imunização em todas as comunidades, tanto crianças quanto adultos sofrerão desnecessariamente e alguns morrerão tragicamente”, afirmou Guenter Pfaff, presidente do comitê da OMS especializado nessa enfermidade no continente europeu.

O sarampo é uma das doenças mais infecciosas do mundo, sendo transmitido ao tossir, espirrar ou ter contato físico próximo. “A desinformação sobre as vacinas é tão contagiosa e perigosa como as doenças que ajuda a propagar”, advertiu nesta semana Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.