Havana, 26 de março (RHC).- A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff rejeitou a postura do atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, no âmbito da saúde, e referiu-se a recentes declarações na rádio e televisão em que revela seu desprezo pela ciência e a saúde dos cidadãos.
Ontem, Bolsonaro voltou a qualificar a Covid-19 como uma gripe leve ou resfriado, contrariando a opinião de cientistas e especialistas, e pediu o fim do isolamento massivo, medida sugerida pela OMS – Organização Mundial da Saúde e considerada em muitas nações como efetiva para cortar a transmissão da doença.
Dilma ressaltou que no modelo neoliberal imposto por Bolsonaro não há verbas para a saúde pública, e denunciou que o presidente brasileiro vai contribuir à morte de milhares ou até milhões de pessoas.
Nos EUA, o número de óbitos pela Covid-19 passou dos mil. Nas últimas 24 horas foram confirmados quase 15 mil novos casos positivos, e Nova Iorque continua sendo o estado mais afetado com mais de 330 falecidos, seguido por Washington e Califórnia.
Margaret Harris, porta-voz da OMS – Organização Mundial da Saúde, advertiu que os EUA podem se tornar epicentro da pandemia em nível global. Disse que o surto ali é muito grande e continua crescendo. Cerca de 40% dos novos casos da Covid-19 no mundo, detectados nesta semana, foram diagnosticados no território norte-americano.