Havana, 11 de agosto (RHC).- Kirill Dmitriev, chefe do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, afirmou que a partir de novembro Cuba poderia começar a fabricar a vacina contra a Covid-19 obtida por cientistas da nação europeia.
“Cuba tem uma grande capacidade na produção de medicamentos e especialmente de vacinas, com um pessoal altamente qualificado, portanto poderíamos coordenar com o governo desse país para iniciar a produção da vacina”, declarou.
Em coletiva de imprensa online, Dmitriev elogiou a preparação científica desta Ilha e a maneira em que está enfrentando a pandemia. Quanto à vacina russa, o alto funcionário garantiu que é segura, e revelou que seu pai, de 74 anos, e sua mãe já foram imunizados. Indicou que seu país está disposto a compartilhar o produto com outros governos interessados, e informou que a documentação já foi enviada à OMS – Organização Mundial da Saúde.
Por sua vez, o presidente Vladimir Putin anunciou o registro oficial da vacina contra o Sars-Cov2, e disse que na primeira fase da campanha nessa nação a imunização será voluntária. A produção em massa deve começar em breve, afirmou.
O ministro da Saúde, Mijail Murashko, garantiu que a “Sputnik 5”, como foi batizada, é efetiva e segura. Explicou que foi obtida sobre a base de vetores de adenovírus humano e cria anticorpos com maior solidez e imunidade celular. O ministro falou que uma de suas filhas recebeu a vacina na fase de ensaios clínicos e só teve febre no primeiro dia.
Em Cuba, os cientistas continuam suas pesquisas nessa direção. “Conceber uma vacina efetiva contra a Covid-19 é uma prioridade para todo nosso sistema de ciência e inovação”, destacou Eduardo Martínez, presidente do grupo BioCubaFarma, da indústria biotecnológica e farmacêutica.
“Os avanços são alentadores, e cumpriremos cada passo requerido para um projeto desse tipo”, apontou no Twitter. Porém, sugeriu que por enquanto a maneira mais efetiva de evitar o contágio é aplicando as medidas de prevenção orientadas pelas autoridades de saúde.